Zero Hash: Uma Visão Abrangente do Seu Papel na Infraestrutura de Stablecoins e Pagamentos em Cripto

As stablecoins experimentaram um crescimento robusto em um ambiente regulatório e político mais favorável, com a capitalização de mercado global superando US$300 bilhões no último ano. Essa expansão está levando instituições financeiras tradicionais, incluindo gigantes de pagamentos, bancos e empresas de fintech, a acelerar sua adoção de stablecoins. Empresas de pagamento, em particular, trabalham para incorporar sistematicamente opções de stablecoins em seus serviços. Desenvolvimentos recentes, como a Mastercard entrando em negociações avançadas para adquirir a Zero Hash—uma startup de infraestrutura de stablecoin baseada em Chicago—colocaram a Zero Hash e seu modelo de negócios sob um foco mais intenso.

O que é a Zero Hash?

Zero Hash, fundada em 2017 e sediada em Chicago, é uma fornecedora de infraestrutura de ativos digitais business-to-business (B2B). A empresa atende instituições financeiras, empresas de fintech, processadores de pagamento e plataformas de negociação, oferecendo uma base técnica pronta e em conformidade regulatória para a oferta de serviços de negociação, custódia, staking e liquidação de stablecoins e outras criptomoedas.

A Zero Hash se diferencia por oferecer não apenas serviços de pagamento e custódia de stablecoins, mas também APIs para tokenização—permitindo que clientes integrem ativos digitais e instrumentos financeiros tradicionais em ambientes de blockchain. Isso permite que seus parceiros ofereçam uma gama ampla de serviços de criptomoedas a seus próprios clientes sem precisarem gerenciar toda a complexidade operacional e regulatória por conta própria.

Como funciona a Zero Hash?

A Zero Hash fornece APIs modulares que permitem que empresas integrem uma variedade de recursos de ativos digitais de forma segura e em conformidade com as exigências regulatórias. Seus principais serviços incluem:

• Custódia: Armazenamento seguro para criptomoedas e stablecoins.

• Liquidez e Liquidação: Acesso a pools profundos de liquidez e liquidações eficientes on-chain.

• On/Off Ramps: Infraestrutura para conversão de fiat para cripto e de cripto para fiat.

• Suporte de Conformidade: Checagens AML/KYC e relatórios regulatórios completos.

• Tokenização: APIs para criação e gestão de representações tokenizadas de ativos tradicionais.

Recentemente, a Zero Hash expandiu sua oferta de stablecoins ao adicionar suporte para o RLUSD da Ripple, uma stablecoin atrelada ao dólar americano, proporcionando ainda mais flexibilidade aos clientes em suas estratégias de pagamento e liquidação.

Equipe e Parcerias: Liderança, Colaboração com Ripple e Alianças do Setor

A Zero Hash foi co-fundada por Edward Woodford e Brian Liston. A equipe executiva reúne experiência nos setores de finanças tradicionais, tecnologia e conformidade regulatória.

A abordagem da empresa em relação a parcerias é abrangente. Destaca-se a colaboração com a Ripple, integrando a stablecoin RLUSD ao seu conjunto suportado de ativos digitais—permitindo que clientes comerciais desfrutem de maior interoperabilidade e opções de stablecoins. A empresa também firmou acordos com organizações como Morgan Stanley; por exemplo, a partir de 2026, a plataforma E-Trade do Morgan Stanley planeja oferecer serviços de negociação cripto utilizando a infraestrutura da Zero Hash.

A Zero Hash concluiu uma rodada de financiamento de US$104 milhões em setembro de 2023, liderada pela Interactive Brokers. Investidores incluíram Morgan Stanley, SoFi e Apollo, refletindo o crescente interesse institucional pela infraestrutura por trás da adoção de ativos digitais.

Mastercard, Chainlink e Zero Hash: Movimentos Estratégicos Recentes

Em 30 de outubro, fontes indicaram que a Mastercard estava em negociações avançadas para adquirir a Zero Hash por cerca de US$1,5 a US$2 bilhões. Se bem-sucedida, esta será uma das maiores aquisições da Mastercard no setor de stablecoins e de infraestrutura blockchain. O envolvimento da Mastercard no setor cripto é antigo—anteriormente, adquiriu a CipherTrace (uma empresa de análise de blockchain), embora posteriormente tenha encerrado algumas das principais operações da CipherTrace. A Mastercard também reconheceu o potencial de longo prazo das stablecoins, participando da Global Dollar Network ao lado da Robinhood e da Kraken.

Além das negociações com a Zero Hash, a Mastercard anunciou recentemente uma parceria com a Chainlink, utilizando o Cross-Chain Interoperability Protocol (CCIP) da Chainlink para apoiar a liquidação direta de ativos tokenizados em múltiplas blockchains. Isso reflete uma estratégia mais ampla entre gigantes dos pagamentos para conectar a infraestrutura financeira regulada à liquidação baseada em blockchain.

Stablecoins e Investimento Institucional: As “Guerras de Pagamento” Migrando para o Blockchain

Em meio à clareza regulatória e ao crescimento do mercado no último ano, o volume mundial de stablecoins disparou, superando US$300 bilhões em circulação. O aumento do interesse institucional está remodelando os pagamentos digitais:

• A aquisição da Bridge pela Stripe por US$1,1 bilhão demonstra o crescimento das operações de fusões e aquisições em stablecoins e pagamentos.

• O acordo exclusivo de US$2 bilhões da Coinbase pela BVNK (após uma disputa com a Mastercard) destaca a forte competição.

• A Zero Hash se diferencia não só permitindo a integração de stablecoins, mas também ajudando clientes a criar plataformas customizadas de negociação e a empregar APIs de tokenização para envolver ativos tradicionais em blockchain.

Como indicam os movimentos da Mastercard e da Stripe, as “guerras de pagamento” do futuro estão sendo travadas em trilhos blockchain, e as stablecoins podem muito bem tornar-se os novos pilares dos pagamentos globais. Ainda assim, a infraestrutura está em desenvolvimento, e espera-se que grandes empresas continuem buscando parcerias e aquisições para se manterem à frente da inovação em pagamentos digitais.

Conclusão

A indústria de pagamentos digitais está migrando rapidamente para o blockchain e as stablecoins como seus pilares centrais. A Zero Hash, com sua liderança voltada para a conformidade, parcerias inovadoras (incluindo Ripple e Morgan Stanley) e agora uma possível aquisição pela Mastercard, ocupa posição central nesta transformação global. À medida que líderes de pagamentos e fintechs correm para modernizar seus sistemas, a tecnologia da Zero Hash está pronta para impulsionar uma nova era em que ativos digitais, tokenização e dinheiro programável sustentam todos os aspectos do comércio e da transferência de valor.